Dom e Bruno: Rubens Villar é indiciado como mandante do crime pelo MPF
Após três anos do duplo-assassinato do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, o Ministério Público Federal apresentou, nesta quinta-feira (5), denúncia contra Rubens Dario Villar, conhecido como Colômbia. Ele foi indiciado como mandante do crime.
Villar teria arquitetado a morte de Dom e Bruno por contrariarem os interesses de pesca ilegal na região. Para o MP o crime ocorreu de forma cruel, sem chances de defesa, por motivo torpe, desprezível e com perversidade.
Rubens Villar ainda é suspeito de atuar no tráfico de drogas e de chefiar uma quadrilha atuante na Terra Indígena do Vale do Javari, que está localizada na fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia.
O denunciado, que nasceu no Peru, já havia sido indiciado pela Polícia Federal como mandante do crime e estava preso preventivamente no Brasil.
Colômbia é o nono denunciado pelo Ministério Público pelo assassinato de Dom e Bruno. Amarildo Oliveira e Jefferson Lima vão a júri popular pelo duplo-assassinato.
A justiça acabou não aceitando a denúncia contra o irmão de Amarildo, Oseney Oliveira, alegando falta de provas de sua participação. Ele teria ajudado na fuga da dupla. O MPF recorre da decisão.
Ainda não há previsão para julgamento de Amarildo e Jefferson, que já estão presos. Outros cinco homens foram denunciados por participação na ocultação dos corpos.
Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos a tiros, quando visitavam ribeirinhos próximos a Terra Indígena do Vale do Javari.
Bruno, que tinha 41 anos, estava licenciado do cargo de indigenista da Funai. Na época, ele atuava como consultor criando uma rede de segurança dos indígenas do Javari.
O jornalista Dom Phillips, de 57 anos, escrevia um livro sobre a luta pela preservação da Amazônia quando foi morto. A publicação “Como Salvar a Amazônia” foi lançada na semana ada e foi terminada por amigos do inglês.
